Observando a 200 km/h no transe
de uma cidade a outra, noto pelo vidro do carro, embora completamente embaçado
pela chuva, que tudo realmente muda, passa. As paisagens se mudam
constantemente, os carros passam e desaparecem em seus respectivos caminhos; as
árvores acenam espetacularmente, mas ficam para trás; a chuva também se
vai...é, e eu fiquei, continuei, ainda sou. Portanto, compreendi que as
mudanças exteriores são como ocorrem aqui, dentro de mim. Posso ser e não ser,
inventar outro alguém; posso ir embora ou ficar, aplaudir ou vaiar. Dá também
para chorar ou sorrir, outrora rabiscar e colorir. Posso finitas coisas, só não
posso (ainda) deixar de existir.
Wend 21/03/2014
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