quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Posso ser e não ser



      Observando a 200 km/h no transe de uma cidade a outra, noto pelo vidro do carro, embora completamente embaçado pela chuva, que tudo realmente muda, passa. As paisagens se mudam constantemente, os carros passam e desaparecem em seus respectivos caminhos; as árvores acenam espetacularmente, mas ficam para trás; a chuva também se vai...é, e eu fiquei, continuei, ainda sou. Portanto, compreendi que as mudanças exteriores são como ocorrem aqui, dentro de mim. Posso ser e não ser, inventar outro alguém; posso ir embora ou ficar, aplaudir ou vaiar. Dá também para chorar ou sorrir, outrora rabiscar e colorir. Posso finitas coisas, só não posso (ainda) deixar de existir. 


Wend 21/03/2014

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